No século XIX o poeta CASTRO ALVES deixava pungente relato da prática, a destruir a natureza, no poema intitulado justamente A queimada, parte do fragmento de Os Escravos denominado pelo autor de A Cachoeira de Paulo Afonso (excerto, em domínio público):
A queimada! A queimada é uma fornalha!A irara — pula; o cascavel — chocalha...
(...)
Então passa-se ali um drama augusto...N'último ramo do pau-d'arco adusto
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- Raiva, espuma o tapir!
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- Vão trêmulos se unir!
(...)
Então passa-se ali um drama augusto...N'último ramo do pau-d'arco adusto
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- O jaguar se abrigou...
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- E tudo se acabou!...
Também Batista Cepelos deixou versos que registram em "cores" dramáticas as cenas do incêndio nas matas, no poema também intitulado A Queimada (excerto, em domínio público):[6]
Rolando o círculo do aceiro,fulvo, colérico e ligeiro,o fogo avança em pelotão...Perpassa um frêmito de medodesde as cumeadas do rochedoaté o recôncavo grotão.
(...)
E, esgrouvinhada, rija e pasma,como um tetérrimo fantasma,de retorcidos braços nus,aquela triste árvore elevaos galhos secos para a treva,no desamparo de uma cruz.
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E, esgrouvinhada, rija e pasma,como um tetérrimo fantasma,de retorcidos braços nus,aquela triste árvore elevaos galhos secos para a treva,no desamparo de uma cruz.
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